domingo, 18 de julho de 2010

Contos Urbanos

 

                         O passageiro do além!!

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As primeiras referências documentadas sobre o que é hoje o local conhecido como Bairro de Pirituba datam do século 17, versando sobre a compra de um sítio nas imediações da então Freguesia do Ó.
Por volta de 1885 os trilhos da ferrovia chegam à Pirituba (que em tupi guarani significa vegetação de brejo) e impulsionam o crescimento do local. Em 1910, o Inglês, Barry Parker, proprietário da área, organiza um loteamento que daria os primeiros contornos da urbanização observada hoje naquela região.Foi em Pirituba, na chuvosa noite de 17 de Agosto de 1973 que Luis Carlos Xavier, 46 anos, motorista de táxi, faria seu primeiro contato com a morte.
Seu destino mudaria drasticamente assim que Antônio Carrascosa embarcou no seu táxi naquela noite.
Carrascosa disse-lhe que precisava chegar logo ao velório de um grande amigo que falecera no dia anterior.
O corpo de seu amigo estava sendo velado em sua própria casa, que ficava na Avenida Mutinga.
Ao chegar ao local. Carrascosa pediu para o motorista Xavier aguardar um pouco em frente à casa, pois na pressa não havia pegado dinheiro para pagar a corrida, mas pediria emprestado para algum amigo do velório.

Como após 30 minutos decorridos, Carrascosa não voltou, Xavier resolveu entrar na sombria casa para cobra-lo.

Após olhar discretamente para todas as pessoas que estavam no velório, Xavier não conseguiu encontrar Carrascosa, então resolveu perguntar a um dos presentes.
Xavier ficou gélido ao descobrir que aquele na verdade, era o velório do próprio Antônio Carrascosa, falecido no dia anterior vítima de um acidente envolvendo um táxi e uma carreta na Marginal direita do Rio Tietê.
Perplexo, Xavier ainda olhou em direção ao caixão e constatou que aquele era o corpo do homem que havia estado no seu táxi.
Xavier saiu correndo da casa entrou no seu táxi e saiu em disparada.
Ao fazer o retorno na Ponte Anhanguera para acessar a Marginal Esquerda, uma carreta em alta velocidade se chocou com o táxi de Xavier, que por força do impacto capotou várias vezes.
Xavier não sobreviveu aos ferimentos e, pela segunda vez naquela noite encontrou com a morte, só que dessa vez para sempre.

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